segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A maldade da poesia.

Tantas pessoas ricas,
no Leblon, numa mansão, na Disney...
outros catam lixo, e o vendem e se reciclam em sua miséria.
e tantas mulheres lindas, de olhos lindos, e vozes lindas.
Outras doentes, dormentes, depressivas. Por que?
Acesso à internet. Acesso ao Lago, lancha própria, carro próprio, voz própria.
E logo ali, feijão e farinha.
Champagne, Jack Daniels, Empório, Hype, Sedna, Jurerê Internacional.
Veja lá! Nem água potável, nem sorrisos falsos, nem os francos, nem os inexistentes.
Por que tratar o esgoto? Se a vida é um esgoto.
Silicone, lipoescultura, Botox...
Aids, diabetes, morte.
O mal do mundo, o bem do mundo.
A diversidade.
Sabe, deixo de descrever, e falo em pessoa, de imediato
acordei hoje, com um enorme falso moralismo. Isso não é mentira.
Este poeta, amigos, isso é verdade, e não lhes omito.
Vivo de imagem.
outros, à margem.
é a injustiça do mundo. É a doença silenciosa. É o pecado do planeta.

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