terça-feira, 8 de junho de 2010

Sobre Uma Nave

A minha luta é contra o tempo,
Por isso plano nos momentos feito ave
E lá de cima, o firmamento, sustenta as asas de uma nave

Misteriosa, arredondada, fria
Feito um disco voador
No céu a nave, circulava, ia
Tinha no rastro um “temporizador”

Me agarrei àquela nave louca
E entrei no ambiente do destempo
Senti até a minha alma solta
No ir e vir da corrente de vento

E entendi o sentido dos sonhos
A distorção de todos os sentidos
Eu tinha os olhos de camaleão
E de um lobo, tinha faro e ouvidos

Minha visão foi-se tornando clara
A minha dor foi-se quedando mínima
E toda a vida se arrastou tão rara
Em um centésimo da quântica-química.

Quando acordei, corri à poesia
E retratei a Única viagem
Mas como acontece a todo sonho
Me some da cabeça toda imagem.

O tempo é relativo porque tem seu motivo

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