terça-feira, 31 de maio de 2011

Sobre dores quaisquer...

Dói pois a dor é cena de filme
é verdadeira, e falsa, e cinética
Dói, que a dor assim quando viu-me
Tornou-se estática, leviana, hipotética.

Dói, ve-se que o tempo tanto lhe causa quanto lhe cura
Mas se tanto doer, -Deus Meus!- temo doer de loucura

Dói, não sei que dói, por dor a dois.
Dói, como flor de outono
Como metáfora mal feita
Como paixão por mim desfeita.

Dói, mas que por dores eu doesse, ai de mim.
Que seja a dor, então que seja, o nascimento do amor
A profecia do meu fim.

Um comentário:

  1. Massa Sander! Eu fiz ha algum tempo um miniensaio sobre a dor. Vou publicar depois. Da uma olhada. Abc!

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